O diretor artístico do Natal Brasilidade 2025, o comentarista e carnavalesco Milton Cunha, comentou publicamente sobre o conceito do presépio instalado no evento e respondeu às críticas que circularam nas redes sociais sobre a estética e simbologia escolhidas.
Segundo Milton, o presépio criado para Maricá não busca seguir o padrão tradicional visto em outras celebrações natalinas, mas sim valorizar elementos culturais profundamente ligados à identidade brasileira.
Em declaração publicada nas redes oficiais da prefeitura, ele afirmou:
“O presépio pra Maricá é único no mundo. É baseado na xilogravura brasileira, que é patrimônio imaterial cultural do povo do nosso país. Então você tem muito: manjedoura, reis magos, santos, arcos, tema recorrente da xilogravura de cordel brasileiro. É uma grande homenagem ao povo. Jesus está no coração da nossa gente. Os pescadores, os quilombolas, os indígenas, é que formam a base do nosso país, do nosso povo, que se sintam homenageados, porque Natal é uma simbologia de humanidade, de inclusão, de fraternidade e de bondade. Bem-vindos ao Natal Brasilidade 2025 Maricá.”
A explicação veio após uma onda de comentários nas redes sociais questionando a escolha do tema e o fato de a decoração fugir de símbolos tradicionalmente associados ao Natal, como Papai Noel e o presépio clássico europeu. Parte do público criticou a estética baseada na xilogravura, alegando que ela se distanciaria da iconografia natalina já consolidada.
Em resposta, Milton reforçou que a proposta do Natal Brasilidade 2025 é justamente promover protagonismo à cultura do Brasil profundo, inserindo elementos como cordel, pesca artesanal, povos originários e comunidades tradicionais — temas presentes na cenografia distribuída pelos espaços do evento.
Com uma cenografia que mistura religiosidade, regionalidade e cultura popular brasileira, o Natal Brasilidade segue até o início de janeiro com programações em diferentes bairros da cidade.

