28.9 C
Maricá
spot_img

Maricá: Decisão judicial mantém preso policial suspeito de matar a própria esposa com tiro na nuca

Compartilhe!

Uma decisão judicial na quarta-feira (17/09), após audiência de custódia, manteve a prisão do segundo-sargento da Polícia Militar (PM), Renato César Guimarães Pina, de 42 anos, suspeito de assassinar a esposa, Shayene Araújo, de 27 anos.

O crime ocorreu na terça-feira (16/09), na residência do casal, no bairro Flamengo, em Maricá. O PM estava cedido pela corporação para atuar na Secretaria Municipal de Segurança Cidadã.

Segundo o delegado William Batista, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), responsável pelas investigações, o caso foi inicialmente registrado como suposto acidente pelo próprio Renato César.

Após disparar contra a nuca de Shayene, o policial a levou para o Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, onde ela deu entrada em estado grave. A vítima não resistiu ao ferimento e morreu após uma parada cardíaca.

Em entrevista a portais de notícias, o delegado relatou que o sargento apresentou a ocorrência na 82ª DP (Maricá), afirmando que a esposa teria atirado contra si mesma depois de buscar a arma para ele.

“Essa ocorrência foi inicialmente apresentada na delegacia de Maricá como suposto acidente. Posteriormente, foi enviada para nossa unidade (DHNSG). Imediatamente iniciamos o trabalho no local do crime, bem como a perícia criminal. A análise da cena, do corpo da vítima e os depoimentos mostraram que a versão inicial dele era fantasiosa”, explicou o delegado.

De acordo com o G1, Renato César foi preso em flagrante por feminicídio ainda na terça-feira (16/09), em Niterói, após as primeiras diligências contrariarem sua versão.

Na quarta-feira, a audiência de custódia foi realizada na Vara Criminal de Maricá. O juiz Rafael de Almeida Rezende converteu a prisão em preventiva, destacando a gravidade do crime e o risco de que a liberdade do acusado pudesse interferir nas investigações.

O delegado William Batista também informou que depoimentos de vizinhos e familiares da vítima indicaram que Renato já tinha histórico de agressões e comportamento violento, chegando a apontar uma arma para o rosto de Shayene quando ela estava grávida.

“Ele tinha o hábito de agredir a vítima, ameaçá-la com arma de fogo e até realizar disparos próximos a ela. Esse histórico de violência culminou nesse crime de feminicídio”, afirmou o delegado.

Testemunhas relataram que o relacionamento do casal, pais de um bebê de 7 meses e de um menino de 9 anos (filho de Shayene de um relacionamento anterior), era marcado por conflitos e episódios de violência doméstica.

Durante as buscas, a polícia encontrou na residência uma pistola e 14 munições. Além disso, uma vizinha relatou ter ouvido gritos pouco antes do disparo. A investigação também conta com imagens de câmeras de segurança da família da vítima que registraram agressões e ameaças do PM contra a esposa em 2024.

Em nota, o comando da PM repudiou com veemência a conduta do sargento e informou que o caso segue sendo investigado pela DHNSG e pela 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (4ª DPJM), ligada à Corregedoria Geral da corporação.

Notícias relacionadas

Leia mais...

spot_img